Mariena (Demo) - Review

 "O cagasso é enorme e deixa a bunda de qualquer um como se fosse um alvo escrito 'Vamos, pode fincar algo de dois metros nele!', mas ela te recompensa por ligar o foda-se pro que você tem medo e pro quê indiretamente te faz perder uma ocasião como nenhuma outra"

 Estas foram minhas interpretações finais após ter experimentado um dos meus primeiros games de terror que, caso você tenha passado reto pelo título, nem sequer se encontra completo. (o que não impede dele de ser medonho. P.T. é um Teaser, possívelmente mais curto que muitas demos e ainda sim te faz questionar por que seus colhões não são maiores que o de um menino de 7 anos que come formigas no fundamental sem explodir o estômago.)

 No entanto, o quão longo algo como um vídeo game pode ser só pode ser influenciado pelo aspecto do quanto a narrativa necessita dela ou sobre o quanto o game marcou o player na questão de "Porra, eu devia ter jogado mais devagar, tava tudo tão belo tio :(..." já que é comum games extraordinários deixarem um gosto de quero mais nas papilas gustativas de todo o ser que tocou num controle. No caso de uma demo, este limite pode ser ignorado para cativar o cliente de uma forma como nenhuma outra e garantir com 399% de fidelidade a compra e apoio de um fã com belíssimas primeiras impressões SE a demo conquistar isto.

 Programadores indies e muitas empresas do mesmo calibre se demonstram serem capazes de conseguir seguidores instantâneos tão bem quanto empresas AAA devido a ascencão tanto por desenvolvedores talentosos que botam amor e paixão genuína por seus projetos, deixando a renda em segundo plano e tambêm pela acessibilidade que a Internet proporcionou a tudo e todos. Duvida? Chega num garoto de 4 e pergunta pra ele o que é Elsagate, ele até não pode saber o que é a palavra em si, mas o fato dele estar assistindo o Hulk vestido de enfermeiro Maid enquanto aplica uma chave de fenda no Homem-Aranha (O Mires Morales ainda por cima) enquanto a Elsa aplica uma injeção ENQUANTO peida demonstra que os assuntos se relacionam pro garoto. Exemplo exagerado, but hey, o fato disto estar disponível pra criançãs mostra como a internet está em todos os santos locais possíveis.

 Jogo de Terror indie não ficam de fora deste trem em crescimento. Terror é relativo e o que assusta um pode ser diferente pro outro. Algo como LSD Dream Emulador pode ser assustador pra um e o Gustavo Lima pode ser assustador pra outro elemento. Five Nights At Freedys pode ser medonho e cativante pra uma fandom inteira devído a sua história críptica, enquanto a Creepypasta do Godzilla do Nintendinho pode ser medonha devído a novos tipos de parâmetros sem clichês nunca explorados numa creepypasta que a torna engajante. Debates como se games com Mascot-horror, como Garten of Banban e Poopy Playtime, são debatidos sobre se eles agregam de alguma forma no cenário indie horror ou se eles apenas são esquemas para conseguir dinheiro com merchandising e uma manipulação sobre a mente infantil de uma criança para trazer atenção ao seu jogo e assim repetir o ciclo da grana fácil.

 Menciono estes fatores pois, perante os desafios de lançar um bom jogo de terror, associados com o fato de eu ter cagasso de jogar e a psicologia de se ter experiências diferentes nas nossas vidas e abrir novas possibilidades se relacionam indiretamente com Mariena, o game que quero falar sobre hoje. Curiosamente, o fato de eu ter fugido de experiências com jogos de terror e só ter parado pra jogar ESSE apenas me faz pensar em algo bem curioso. Falarei mais adiante.

Eu tenho um trabalho pra entregar na escola as seis da manhã de qualquer forma...




 Mariena (Com o E no lugar do A pra não ficar abrasileirado) é um game indie em desenvolvimento na famosa RPG Maker MV, com sua demo privada lançada em 2023, desenvolvido e criado por Kid Luvi, que também é conhecido como um artista mirim na parte da música compostas pelo gênero do Rap misturado com uma pitada de Trap. Mariena é um game survival-horror que te reencarna no papel do menino mais baiano do mundo chamado Yuri (qualquer semelhança com o nome do criador é mera coincidência, beleza?) que se encontra madrugando hard por causa de uma entidade bizonha e esquisita que fica te atormentando na sala ao lado. Cala a boca vizinha, o menino quer mimir!

 Então, com o moleque estupefato das asneiras de menina da vizinha, ele visita o quarto ao lado pra ameaçar ela de a denunciar por quebra da lei do silêncio. Mal sabia ele que este seria o pior erro que ele cometeria entre todas as poucas noites que o jovem havia vivenciado. É assim que nossa antagonista, possivelmente vilã e obstaculo permanente a partir de agora é introduzida, acompanhada de uma caixinha ENOOOOOORME de música e uma aparência que remete-se ao de uma bailarina de Chernobyl com possível câncer. Mariena, leitor. Leitor, Mariena, agora se cumprimentem por essa print.



 Observar o design dela e o quanto eu me tornei amiga dela através dos 101 TRAUMAS QUE ELA ME DEIXOU DURANTE A DEMO me fez pensar algo bem legar sobre afeição em personagens fictícios. A Mariena em sí possui um design que, para certos alguns, é extremamente simples: Uma boneca bailaria amaldiçoada com o que possívelmente parece uma fechadura no meio, com uma cara preta medonha e...só isso. Exceto pelo detalhe de que abrir a caixinha enorme no meio da sala como se você também estivesse inserindo algo no estômago de madeira dela, o que achei bem legal até, é apenas um negócio medonho. (A falta de um Portrait nos diálogos que temos com ela pode ser outra coisa que não a torna tão impactante a primeira impressão, mas é passável já que se trata de uma demo)

 Apesar do design simples, ela conseguiu me marcar de uma forma muito boa. Minha teoria pode ter diretamente haver com o por quê os animatronicos do FNAF fizeram sucesso a primeira vista: Eles deixam a marca deles quando você os encontra (da pior forma possível, com um game over acompanhado de um jumpscare só pra zoar com o seu coração, coisa leve.) e a repetição que é ver eles a cada noite marca ainda mais. Isso é um fenômeno mental chamado efeito da mera exposição, onde só o fato da gente ficar cada vez mais junto de certa coisa ou objeto e cada vez mais se familiarizando com certo dito nos dá a sensação de união e gosto por coisa. Atores que interpretam casais em filmes e saem das gravações sentindo uma paixão genuína um pelo outro pois o trabalho exige essa conexão é um exemplo. Outro exemplo é uma colega que conheço no Facebook que desenhou uma personagem com uma aparência colegial e eticetera chamada de Rebeca. O design pode não ser o dos mais inovadores, porém pelas palavras da própria artista ela diz ter amado a personagem. Claro, o efeito da mera exposição não é o total culpado por isso, é um dos minúsculos detalhes que criara essa relação de artista e personagem.

 Fusione Mariena com esse efeito mais todos os sustos que recebi neste game inteiro e acho que faz sentido do por que eu te gostado tanto dela. Então no fim das contas é por isso que a gente gosta tanto do bastão do Pong...

 Voltando: Ela engata em um diálogo contigo, mencionando sobre como sente saudades de um certo alguém extremamente carente e, por causa dessa desgracenta carência dela, ela convida o Garoto para um jogo de esconde-esconde (quase) que ela e este certo perdido alguém costumavam brincar. Porém, a brincadeira não é tão superficialmente simples quanto ela insinuou ser, pois se passa de uma armadilha para poder fazer outros tipos de brincadeira contigo que envolve matança e essas coisas bobas. Sua única forma de escapar dela é reencarnando o espirito de um baiano e fazendo o que eles fazem de melhor: Dormir.


 E é exatamente nisso que envolve a gameplay do jogo. Sua meta é tentar dormir o quanto antes para escapar desse terrível pesadelo, no entanto a sua vizinha tutu-girl aí não pode simplesmente ser ignorada. Ela toca sua caixinha de música toda vez que está a espreita pelos arredores da sua casa em quatro pontos específicos: Embaixo da cama a esquerda, em cima do armário no quarto ao lado, em baixo da mesa da cozinha e em cima de outro armário na cozinha BEEEEEEM na extremidade esquerda de todo o mapa. Para dormir com sucesso, você precisa preencher toda a barra no canto superior esquerdo da tela, mas ao mesmo tempo você NÃO pode ignorar a Mariena, pois deixar a musica tocando por muito tempo fará ela te dar um belo de um sustinho amigável. Muito legal da parte dela vir te visitar assim do nada, né? HahahahaNÃO NÃO É.

 Also, a mulher que grita durante o Jumpscare? a voz é da irmã do Criador. Eu acho que tenho medo dela agora.




 O desafio e estratégia aqui é balancear o tempo que você fica na cama deitado pra preencher a barra de sono o quanto antes e quando você vai levantar da cama pra dar um SHIU na Mariena. Pois ficar muito tempo deitado pode até agilizar a barrinha, mas você corre o risco de deixar a música tocando por tempo demais, resultado: Morte. Levantar toda vez que a música começa a tocar também não é uma opção viável pois você perderá preciosos segundos que poderiam ser usados enchendo a barra de sono, além do tempo que você perde se locomovendo até onde a Mariena pode estar. Você ficará sem tempo, o resultado: Bleugh. Você pode muito bem ter o azar de ter a Mariena spawnando em um dos pontos mais longes possíveis do mapa e, acredite, isso REALMENTE TE LASCA DE JEITO. Porém, da mesma maneira, conseguir o melhor spawn, o que está apenas a 15 tiles da sua cama consegue REALMENTE TE AJUDAR DE JEITO.

 Agora vem a parte drámatica da análise: Eu quase tive uma parada cardíaca com estes jumpscares todos. Isso prova o quanto uma experiência diferente pode afetar alguém que não consome essas coisas quando se comparado a alguém que, por exemplo, só tem um canal que joga games de horror. A diferença de mim comparado ao ManlyBadassHero? ele é badass em todo o game de terror e a experiência dele o fez criar um sistema-antifragilidade onde muitas tentativas de susto o faz soltarem no máximo um "Ah!" e não um "PUTA MERDA VAI SE LASCAR SEU MONSTRO DOS INFERNOS". Já eu teria medo até de Poopy Playtime. Isso é o que a experiência faz com a pessoa e por isso que, nos limites do que eu conheço sobre os patamares que fazem um jogo de terror bom, eu digo que Mariena foi o melhor que já joguei. Simplemente por que meus gostos pra horror não são abrangentes e, no caso desse jogo, é até muito bom que eu seja assim, pois me fez me divertir com um gênero que evito e me fez gostar de um produto simples. Como a mente humana é fascinante!

 Menciono esse ponto só pra mostrar o quão interessante pode ser. Se você se privou de jogar algo muito bom por causa do medo de tomar susto, pode valer muito a pena meter o foda-se nesse sentimento negativo e ir de cabeça, até abraçar, esse medo genuíno que você pode sentir jogando.

 Voltando de novo: Está é a primeira noite em resumo. Saiba o timing de quanto você dorme e quando você levanta pra por uma fita na boca desse ser e você vai estar de boa. Continue jogando e falhando e você vai perceber que o trajeto que você fará para verificar todos os 4 spawn vai ser otimizado por você mesmo de forma que fique automático. Continue jogando e percebendo que você muito provavelmente vai terminar a sua primeira noite nos últimos 20 segundos com só duas barras de sono faltando e que até ateu vai se ver rezando pro moleque dormir de uma vez enquanto a música aumenta aos poucos. Essa emoção é o que torna esse game tão eficaz. É um looping de: Aprender o que fazer, otimizar sua rota, ouvir o timing e ter boa sorte...infelizmente.

AH QUALE MEU!


 Eu tenho uma leve sensação de que RNG é um fator extremamente fundamental nesse jogo. Diferente de FNAF onde você têm muitas coisas em seu controle e outras que, apesar de ter sorte envolvida, você poderia tentar prever, nesse jogo a RNG vem da questão do Spawn da Mariena e de outra criatura que falarei mais em frente. É extremamente difícil, se não impossível, concluir a noite se a Mariena spawnar todas as vezes na extremidade da cozinha, pois todos estes percursos que você terá de fazer consomem seu tempo da mesma forma que reclamar no Twitter é menos produtivo do que levar o lixo da sua casa pra fora, apesar disso, eu posso ouvir você perguntando "Mas Inexis (eu, prazer), as chances disso acontecerem são de uma em um bilhão! eu faço ciência quantica e calculei isso aí! não será frustrante pois estes eventos serão extremamente raros" e eu respondo que...você tem razão na verdade, mas pode ser bem difícil de se aprender. Levou umas boas tentativas até eu talvez entender a opção mais viável de se lidar com ela, mas isso já foi na primeira noite, sabe? Pode ser uma primeira impressão que pode frustrar certas pessoas.

 Mas claro, eu digo que também existem pessoas que vêem apelo no aprendizado em forma de masoquismo. Um jogo difícil que você precisa aprender morrendo e tentando novamente é algo que jogos como Contra possuem, mas se o jogo terá esse apelo para esse publico específico ou ele será mais abrangente a todos os fãs de terror em geral são visões que o criador somente pode selecionar.

 Por ser a primeira noite, poderia ser interessante que ela fosse somente uma introdução as mecânicas de uma maneira mais tranquila. Não sendo que nem literalmente FNAF onde nada acontece feijoada na primeira noite, mas tornando a primeira noite um tutorial que não vá frustrar o jogador já de cara. Eu iria sugerir manter todos os aspectos que já estão presentes na primeira noite, apenas com a diferença de que o timer teria um minuto a mais. Aí, então, poderia ser interessante aplicar curvas de dificuldade nas noites futuras, como diminuir o timer com alguma explicação de a Mariena tá ficando cada vez mais pistola. Talvez a barrinha poderia se encher mais rápido na primeira noite ou a música da Mariena poderia tocar mais rápido nas próximas noites. A intenção é introduzir e dificultar de uma maneira gradual. Acredite, você passando a primeira noite depois de sete tentativas, numa jogada subsequente você passará a passar a noite em duas tentativas.



 Outro detalhe legal, apesar de eu não ter o que falar tanto dele, é o cenário do jogo. A demo inteira se passa nesse casarão e possui este filtro azul escuro bem forte. Ele consegue intensificar bem a tensão que ele traz com o fato de alguém que se aproxima a cada vez que a música se torna ensurdecedora. Sem muitos comentários, mas faz um bom trabalho.

 


 Enfim, depois de tankar a noite cheia de dedo no cu e gritaria, você acorda de seu pesadelo e...hm. Eu jurava que essa casa era bem maior do que eu pensava. Ela agora não é nada mais que uma humilde casinha EXTREMAMENTE LIMPA. Serião, não tem um grão de formiga no chão nem uma teia de aranha em qualquer lugar que seja, que diabo de supermãe é essa?

 Mas agora eu tenho o que comentar. O filtro azul smurf na noite te fazer achar que a casa era bem maior do que parecia ser? Top tier game design. Poderia até ter alguma noite que realmente faz a casa ficar maior do que parece ser.

 Passando a noite, você ganha o seu merecido intervalo, seu descanso antes de outra tempestade. É nesta hora também que você recebe um bom dia de outra personagem que tá pulando que nem gazela na mesa da cozinha. Está é a irmã do Yuri, que...eu não sei o nome. Ela te convida pra tomar chá com a Dona Marocas Mariena, brinquedo favorito dela, onde ela te conta sobre os sonhos e paixões dela.



 Totalmente ignorando o Placeholder out-of-place no Portrait da menina, é perceptível o tema Balé como algo específico e como a Mariena que Yuri conheceu a noite e a irmã dele se relacionam nestes tópicos, o que já abre margem para teoria pra cacete. A demo parece direcionar a história pra algo contido entre as duas e a introdução do jogo, que menciona a falta de seu amado, pode insinuar que essa relação será explorada ainda mais, apena o tempo nos dirá.

 A calmaria durou pouco, não? Pois já estamos na segunda noite. Odeio quando o tempo passa rápido assim. Mesmas regras, mesmo objetivo, mesa rival, porém com uma diferença. A mocoronga da sua vizinha decidiu fofocar sobre o quão divertido é brincar com você e decidiu chamar outra vizinha pra te encher as paciências. Tô começando a ter dó genuíno do garoto (e do coração de quem tá jogando também, mais jumpscares...yay?)

 Conheça o quadro que Leonardo DaVinci pintaria se ele fosse um filho da mãe: Lily é seu segundo animatQUER DIZER adversário nesse game. Assim como Mariena têm uma mecânica em torno dela, Lily também possuí um. Ela vai ficar lhe stalkeando e te encarando enquanto você dorme, a questão é que, as vezes o quadro acima da sua cama pode ser um girassol inofensivo ou o quadro pode trocar pro da forma dessa criatura dos infernos. Ele é inofensivo quando é um girassol, mas tome cuidado quando o quadro possuir a outra forma, pois se você sair da cama enquanto ele está assim, advinha o que acontece?


 Indiretamente, outra mecânica é introduzida: Multi-tasking. Mariene e Lily foram implementados para as mecânicas de cada um se complementarem de uma maneira genial e lhe atrasar ainda mais na sua busca pelo bom soninho. Você agora não pode simplesmente se levantar pra procurar a Mariena e mandar ela calar o facho pois pode haver a chance da Lily aparecer no instante em que você decide apertar a tecla pra sair da sua fortaleza em formato de colchão. Suas melhores chances de garantir uma saída segura da sua cama é esperar a Lily fazer sua aparição e ir embora...só torce pra música da Mariena não estiver na metade do seu tempo, sim? se não até você conseguir levantar e iniciar seu trajeto, você já bateu as botas.

 É bem seguro dizer que estes dois inimigos são uma previsão e base de como todo o resto do jogo seguirá. Esse jogo é fortemente inspirado em FNAF e o resto dos inimigos irão cada vez mais se complementando em relação a mecânicas e obstáculos, provavelmente vai ter tanto inimigo numa noite só que esse jogo vai começar a se chamar Claustroforiena. Sabe por que eu não comentei sobre o olho ali em baixo até agora? por que eu não faço ideia pra que serve e meu chute é que algum inimigo irá usar desse sistema, até lá vai ficar como um bom segredo.

 Não existem muitas novidades além dessa por essa noite, a novidade vem exclusivamente deste inimigo novo. Lembre-se sempre do ciclo e looping que você terá nesse jogo e você vai se virar bem com essas duas gentalhas.

 Depois de despencar da cadeira mais umas boas vezes por causa do quão bem a irmã do criador fez o trabalho dela, Yuri novamente desperta de seu sono se questionando por que ele não morou com a Avó ao invés. Diferente da noite anterior, não havia irmã pra recebê-lo com um bom dia, apenas uma minúscula caixinha de música que tocava sozinho no centro do quarto. Aquela esquisita, familiar e bisonha caixinha. Nem eu nem você que jogou saberemos o que tava lá, mas seja lá o que estivesse fez o Yuri gritar tão alto quanto uma ambulância (Um aguía aéreo ainda por cima) enquanto a câmera escurece e barulhos de uma pancadaria de UFC acontecem ao fundo...não de forma tão exagerada assim...ou talvez sim, a aparência dele é semelhante ao Anderson Silva mesmo.

 

 E como se fosse duas gêmeas que sentem quando a irmã está em perigo, a irmã de Yuri chega em disparada até seu quarto que, confusa e ao mesmo em prantos, questiona o irmão enquanto encara fixamente o que anteriormente era o brinquedo favorito dela. Yuri, na sua melhor impressão de Frisk, se retira em silêncio do local, talvez se arrependendo de ter magoado sua irmã e questionando se sua paranoia fora-se real ou não. Estaria ele perdendo noção do que é real ou não? O que pensar? As mensagens nos sonhos, o que são? Isso sequer é um sonho? Aquelas noites com as criaturas são imaginação, um fruto de uma mente cansada as três da manhã? tudo parece tão real...enquanto estas e outras dúvidas potencialmente poderiam estar percorrendo a mente deste menino, ele ouve um som de onde anteriormente sua irmã estaria, onde ele se depara com um terrível desfecho antes mesmo de seu dia se iniciar...



 "Para de se tropicar no chão irmã! Se sabe que eu não consigo ver porcaria nenhuma por causa desse olho que por algum motivo tá sempre fechado!"

 Brincadeiras a parte, é neste cliffhanger que a demo se termina. Prometendo ainda mais níveis, uma explicação muito boa pra essa imagem acima e ainda mais dedaria no ânus. Tudo o que eu seeeeeeempre quis! Fiquei bem contente de terminar a demo também pois isso significa SEM MAIS JUMPSCARES, VOCÊ JÁ ENCHEU MEU SACO POR TEMPO DEMAIS IRMÃ DO CRIADOR

 Gostaria de quase encerrar essa review trazendo um ponto que pode ser interessante: Este jogo PODE ser o novo IB, ou o novo MAD DOCTOR ou o novo The Witch's House e ficar junto com os grandes? Do ponto de vista de alguém que, mais uma vez e sei que você tá enjoado de ouvir isso, não consome jogos de terror, com certeza absoluta! Se me assustou, então faz super bem o trabalho dele, além de ser um tipo de jogo que usa mecânicas inspiradas a de FNAF, que não lembro de nenhum outro jogo usar na engine do RPG Maker MV, o que é uma novidade super bem vinda. Terror pode ser de tudo e, no mercado indie, games como Mariena são super bem vindos de braços abertos. Aguardo ainda mais melhorias até o lançamento final do game pois o potencial dele pra talvez ser o próximo hit entre Youtubers é poderoso. Mariena não tem TODOS os elementos necessários para se tornar algo ENORME, como os personagens humanos que, por enquanto, parecem bem planos. Mas isto POR ENQUANTO, pois sempre há como melhorar no lançamento final do jogo. Graças aos updates que podemos aplicar e instalar em nossos jogos, coisas como bugs e glitches também são facilmente solucionaveis, então eis uma opção caso as coisas dêem errado...apesar de que sempre é ideal polir o jogo o máximo possível em sua primeira versão. Não queremos desejar um produto como Security Breach chegando nas vitrínes e lojas como a Steam, não é mesmo?

 Portraits serão feitos, Placeholders deixarão de existir, Easter Eggs que se prezem serão acrescentados e mais transplantes de coração eu vou precisar fazer. Mariena traz excelentes primeiras impressões de um criador mirim e esperemos que seus personagens, atmosfera, gameplay, narrativa, música se tornem um só para trazer uma experiência para os usuário de PC que os façam ter um ambiente novo pro mercado do que as várias toneladas de jogos mascot-horror que inundam o gênero. Um game que pode ser o exemplo de um trabalho feito com amor vs um trabalho mercenário e investido pesado em rendas.

 O jogo se encontra em beta fechada e não possui uma data de lançamento fixa no dia em que postei esse blog. Apesar de não ser jogável no momento e não possuir um lugar para acompanhar-mos o desenvolvimento, espero que este blog lhe tenha feito despertar interesse nele. Aguardamos notícias o mais brevemente possível!

Então lembrem-se: Se vocês estão em dúvidas de qual brinquedo comprar, compre um Max Steel. Não confiem em bailarinas.

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